sábado, 21 de novembro de 2009

  • Resenha

Depressão pós-parto

Autor: http://enfermeirosatitude.blogspot.com/

Essa resenha discute os aspectos que estão relacionados à depressão pós-parto: com o propósito de produzir esta resenha selecionamos o trabalho de Conner e Kendell (1982), Haldin e Sagvsky (1987) e Lai e Huag (2004).

Segundo Cox, Conner e Kendell (1982)-> Após o parto ocorrem reações conscientes e inconscientes da puerpera dentro do seu ambiente familiar. Tornando a mãe ansiosa, com trauma e angústia. Preocupada com a vinda do seu filho ao mundo exterior. Incluindo um vazio dentro de si, e perdendo um sentido total de proteção e surgindo percepções novas e assustadoras.

Segundo Haldin e Sagvsky (1987)-> refere-se a filhos que desencadeiam impactos emocionais e ausência da mãe, em prol da perda do amor materno. Com isso torna-se com algumas patologias, características desse sofrimento afastando-se da mãe e ficando mais perto da pessoa mais próxima.

Segundo Lai e Huag (2004)-> descreve esse período sensível materno tornando mais intenso o vínculo de mãe com seu recém nascido. Já tornando em fator de risco em relação à criança diretamente proporcional as condições psíquicas de mãe.

Este trabalho enfoca a depressão pós-parto, em que apresenta distúrbio de humor de grau moderado severo, de caráter multifatorial, clinicamente identificado como um episódio depressivo, com início dentro de seis semanas após o parto. A depressão pós-parto acontece entre 15 a 20% das pacientes.

-Fonte: Revista mal-estar e subjetividade/ Fortaleza/ V-III/ nº2

-Fonte: HTTP://guiabebe.com.br/recemnasc/depressãoposparto.htm

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

REAÇÕES DA DEPRESSÃO PÓS PARTO
Com o parto ocorrem reações conscientes e inconscientes na puépera em todo o ambiente familiar e social imediato, que reativam profundas ansiedades. Uma das mais importantes é a revivência inconsciente das angústias do trauma do próprio nascimento: a passagem pelo canal do parto, que inviabiliza para sempre o retorno ao útero e empurra para um mundo totalmente novo e, portanto, temido.
Além das vivências inconscientes em que predominas as fantasias de esvaziamento ou de castração, as mais intensas são as ansiedades de carência materna- quando a puerperal apresenta forte dependência infantil em relação À própria mãe ou ao marido- e as de autodepreciação, quando se sente incapaz de assumir as responsabilidades maternas, e até mesmo inútil, quando não consegue captar a compreensão do significado do choro do bebê para poder satisfaze-lo. Para poder suportar tais ansiedades, inconscientemente, alguns mecanismos de defesa são colocados em movimento, segundo as características pessoas da puerperal .
Dessa maneira, ela pode apresentar-se cheia de uma energia despropositada, eufórica, falante, preocupada com seu aspecto físico e com a ordem e arrumação do ambiente em que se encontra. As visitas são recebidas calorosamente e parece tão disposta, auto-suficiente, como se não precisasse de ajuda externa. Em contrapartida, manifesta alguns transtornos do sono, muitas vezes necessitando de soníferos.Os sintomas do estado depressivo variam quanto á maneira e intensidade com que se manifestam, pois dependem do tipo de personalidade da puerperal e de sua própria história de vida, bem como, no aspecto fisiológico, as mudanças bioquímicas que se processam logo após o parto.
Se o ambiente mais próximo não lhe oferecer carinho e atenções, tal estado pode produzir somatizações, como febre, constipação e outros sintomas físicos. Do mesmo modo, se as fantasias inconscientes não puderem ser contidas, surgem as ansiedades depressivas de modo ocasional ou em acessos de choro, ciúmes, aborrecimento, tirania ou em expressões de auto-depressão e de auto-acusação.
É muito difícil determinar o limite entre a depressão pós-parto normal da patológica, chamada de psicose puerperal. A característica principal deste é a rejeição total ao bebê, sentindo-se completamente aterrorizada e ameaçada por ele, como se fosse um inimigo em potencial.
A mulher sente-se então apática, abandona os próprios hábitos de higiene e cuidados pessoais. Pode sofrer de insônia, inapetência, apresenta idéias de perseguição, como se alguém viesse rouba-lhe o bebê ou fazer-lhe algum mal. Se a puerperal estiver neste quadro de profunda depressão, sem poder oferecer o seu filho o acolhimento necessário, este também entrará em depressão. As características apresentadas são: falta de brilho no olhar, dificuldade de sorrir, diminuição de apetite, vômito, diarréia e dificuldade em manifestar interesse pelo que quer que esteja ao seu redor. Consequentemente haverá uma tendência maior em adoecer ou apresentar problemas na pele, mesmo que esteja sendo cuidado.
Assim, o ambiente imediato deve estar atento a intensidade da depressão apresentada pela puerperal, no sentido de que se não puder proporcionar a segurança e a paz que ela necessita, possa pelo menos aconselha-la a procurar ajuda profissional neste momento de crise.
Assim se a família e os amigos colaborarem de modo satisfatório, proporcionando confiança e segurança à puerperal, principalmente no tocante às atividades maternas, sem críticas e hostilidades, mas com compreensão e carinho, acolhendo-a nos momentos de maior fragilidade emocional, a depressão pós-parto vai diminuindo de intensidade até se transformar em carinho pelo bebê e respeito pelo rítimo de seu desenvolvimento e progresso.
"Fonte;//guiadobebe.uol.com.br/recemnasc/depressao_posparto.htm"


DEPRESSÃO PÓS-PARTO
A depressão pós-parto é uma patologia derivada de uma combinação de fatores biopsicossociais,dificilmente controláveis que atuam de forma implacávelno seu surgimento.Lai e Huang(2004)apontaram diversos pontos desta multifatorialidade,incluindo:
-Gravidez não desejada;
-Baixo peso do bebê;
-Alimentação do bebê direto da mamadeira;
-Pouca idade da mãe;
-O fato da mae não está casada;
-Parceiro desempregado;
-Grande número de filhos;
-desemprego após a licença maternidade;
-Morte de pessoas próximas;
-Separação do casal durante a gravidez;
-Antecedentes psiquiátricos anteriores ou durante a gravidez;
-Problemas da tireóide (simulando uma série de doenças psiquiátricas);
A secção do cordão umbilical separa para sempre o corpo da criança do corpo materno,deixando uma cicatriz,o umbigo,que marca o significado profundo desta separação.Assim,no inconciente,o parto é vivido como uma grande perda para a mãe,muito mais do que o nascimento de um filho.Ao longo dos meses de gestação,ele foi sentido como apenas seu,como parte integrante de si mesma e,bruscamente,torna-se um ser diferenciado dela,com vida própria e que deve ser compartilhado com os demais,apesar de todo ciúme que desperta(Laplanche & Pontalis,1986;Lai & Huang,2004).Sendo assim,a mulher emerge da situação de parto num estado de total confusão,como de lhe tivessem arrancado algo muito valioso ou como se ela tivesse perdido partes importantes de si mesma.Tanto quanto na morte,no nascimento também ocorre uma separação corporal definitiva.Este é o significado mais angustiante do parto,que se não for bem elaborado,pode trazer uma depressão muito intensa à puérpera;o parto é vida e também é morte.
Sinais e sintomas
Além das vivencias inconcientes em que predominam as fantasias de esvasiamento ou de castração,castração,as mais intensas são as ansiedades de carência-quando as puérpera apresenta forte dependência infantil em relação à propria mãe ou ao marido-e as de autodepreciação, quando se sente incapaz de assumir as responsabilidades maternas, e atá mesmo inútil,quando não consegue captar a compreensão do significado do choro do bebê para poder satisfazê-lo.Para poder suportar tais ansiedades,inconscientemente,alguns mecanismos de defesa são colocados em movimentos,segundo as características pessoais da puerpera.Dessa maneira,ela pode apresentar-se cheia de anergia despropesitada, eufórica, falante, preocupada com seu aspecto físico e com a ordem e arrumação do ambiente em que se encontra.É importante permitir que a gestante possa expressar livrimente seus temores e ansiedades,e um Emfermeiro bem treinado pode dar assistência e orientação,auxiliando a gestante a enfrentar as diversas situações de maneira mais adaptativa,realista e confiante.trata-se de um trabalho preventivo,se tiver início junto com o acompanhamento no pré-natal e/ou de suporte ante a crise, no caso a depressão pós-parto já instalada.Os benefícios dessa atuação precosse e preventiva não se restrige ao bem estar exclusivo das mães.São atitudes que representam também um grande benefício às crianças pois, de acordo com as observações de literatura,existem boas evidências de correlação entre as desordens depressivas das mães e os distúrbios emocionais de seus filhos (Chaudron &Pies,2003).Embora as razões para a correspodência entre o estado afetivo das mães e os futuros destúrbios emocionais de seua filhos não estejam ainda bem estabelecidas,alguns autores apresentam possibilidades para tal ,incluindo o modo como a mãe deprimida interage com seu filho(Chenioux-Júnior,1990).São vários os estudos sobre os efeitos deltérios do abandono para a criança e a importância do vínculo mãe-filho na formação do apego.Steinet al.(1991)e Lai & Huang,(2004) descreveram um período sensívelmaterno,imediatamente após o parto que torna mais intenso o desnvolvimento do vínculo da mãe, com o recém-nascido.Pode se acreditar que os transtornos psíquicos da mãe nesta fase precoce da maternidade, sejam considerados fatores de grande risco para a negligencia física ou emocional em relação à criança e que o grau dessa negligência seria diretamente proporcional à gravidade das condições psíquicas da mãe (chaudron & Pies,2003).
"Fonte: REVISTA MAL-ESTAR E SUBJETIVIDADE/FORTALEZA/V.III/N.2"


terça-feira, 10 de novembro de 2009