quarta-feira, 11 de novembro de 2009

REAÇÕES DA DEPRESSÃO PÓS PARTO
Com o parto ocorrem reações conscientes e inconscientes na puépera em todo o ambiente familiar e social imediato, que reativam profundas ansiedades. Uma das mais importantes é a revivência inconsciente das angústias do trauma do próprio nascimento: a passagem pelo canal do parto, que inviabiliza para sempre o retorno ao útero e empurra para um mundo totalmente novo e, portanto, temido.
Além das vivências inconscientes em que predominas as fantasias de esvaziamento ou de castração, as mais intensas são as ansiedades de carência materna- quando a puerperal apresenta forte dependência infantil em relação À própria mãe ou ao marido- e as de autodepreciação, quando se sente incapaz de assumir as responsabilidades maternas, e até mesmo inútil, quando não consegue captar a compreensão do significado do choro do bebê para poder satisfaze-lo. Para poder suportar tais ansiedades, inconscientemente, alguns mecanismos de defesa são colocados em movimento, segundo as características pessoas da puerperal .
Dessa maneira, ela pode apresentar-se cheia de uma energia despropositada, eufórica, falante, preocupada com seu aspecto físico e com a ordem e arrumação do ambiente em que se encontra. As visitas são recebidas calorosamente e parece tão disposta, auto-suficiente, como se não precisasse de ajuda externa. Em contrapartida, manifesta alguns transtornos do sono, muitas vezes necessitando de soníferos.Os sintomas do estado depressivo variam quanto á maneira e intensidade com que se manifestam, pois dependem do tipo de personalidade da puerperal e de sua própria história de vida, bem como, no aspecto fisiológico, as mudanças bioquímicas que se processam logo após o parto.
Se o ambiente mais próximo não lhe oferecer carinho e atenções, tal estado pode produzir somatizações, como febre, constipação e outros sintomas físicos. Do mesmo modo, se as fantasias inconscientes não puderem ser contidas, surgem as ansiedades depressivas de modo ocasional ou em acessos de choro, ciúmes, aborrecimento, tirania ou em expressões de auto-depressão e de auto-acusação.
É muito difícil determinar o limite entre a depressão pós-parto normal da patológica, chamada de psicose puerperal. A característica principal deste é a rejeição total ao bebê, sentindo-se completamente aterrorizada e ameaçada por ele, como se fosse um inimigo em potencial.
A mulher sente-se então apática, abandona os próprios hábitos de higiene e cuidados pessoais. Pode sofrer de insônia, inapetência, apresenta idéias de perseguição, como se alguém viesse rouba-lhe o bebê ou fazer-lhe algum mal. Se a puerperal estiver neste quadro de profunda depressão, sem poder oferecer o seu filho o acolhimento necessário, este também entrará em depressão. As características apresentadas são: falta de brilho no olhar, dificuldade de sorrir, diminuição de apetite, vômito, diarréia e dificuldade em manifestar interesse pelo que quer que esteja ao seu redor. Consequentemente haverá uma tendência maior em adoecer ou apresentar problemas na pele, mesmo que esteja sendo cuidado.
Assim, o ambiente imediato deve estar atento a intensidade da depressão apresentada pela puerperal, no sentido de que se não puder proporcionar a segurança e a paz que ela necessita, possa pelo menos aconselha-la a procurar ajuda profissional neste momento de crise.
Assim se a família e os amigos colaborarem de modo satisfatório, proporcionando confiança e segurança à puerperal, principalmente no tocante às atividades maternas, sem críticas e hostilidades, mas com compreensão e carinho, acolhendo-a nos momentos de maior fragilidade emocional, a depressão pós-parto vai diminuindo de intensidade até se transformar em carinho pelo bebê e respeito pelo rítimo de seu desenvolvimento e progresso.
"Fonte;//guiadobebe.uol.com.br/recemnasc/depressao_posparto.htm"

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